Em matéria de fé tenho uma orientação. Respeitar todas as formas de expressão, desde que cumpram a lógica função de interioridade, de reflexão pessoal de exigência de vida em conformidade com as leis divinas, confronto de cada um com as suas crenças, qualquer que seja o seu credo.
Adepto da liberdade religiosa, mas atento aos desmandos que, em seu nome, sejam praticados. Não estou apenas a pensar nos chamados «terroristas» árabes, pois aqui integro o numeroso número de «tachos» conferidos por uma força religiosa aqui imperante.
Sucede que recebo com inusitada frequência e-mails que não só apelam à Ideia de Deus, o que seria normal, mas entrelinhas exigem a sua transmissão a amigos, referindo que algo de bom vai acontecer em nossas vidas (até aqui acompanho, pois há superstição mas não intolerância), mas logo deixam uma velada pressão psicológica, ao referir «sob pena de um grave mal acontecer a si ou a alguém que ama».
Ora, se quem amamos respeita a privacidade da nossa correspondência, nem chega a saber de nada, estamos perante uma onda de superstição intolerável.
Fica aqui um pedido aos meus amigos. E-mails destes, para mim, NÃO!