Tempo, Vida. Relógio. À memória dos amigos que já perdi. Aos que espero não perder. Aos que acreditam na solidariedade. NÃO SEI POR ONDE VOU ... SEI QUE NÃO VOU POR AÍ

07
Nov 08

Há muito que conheci na Internet uma senhora maravilhosa do Rio de Janeiro, que vim a saber amiga da nossa Maria José Valério (igualmente respeitada senhora de vestes leoninas, sendo meu coração de dragão).

 

Desde sempre me presenteou com lindos poemas simultaneamente publicados em livro e na internet. Mais uma destas almas que percorrem - com muito melhores conhecimentos que os meus - estes caminhos da internet, de power points, de músicas e vídeos.

 

Sumetida a operação de risco, já acamada, acabou por me anunciar que teria de ser submetida a nova operação.

 

Brindou-me, assim, com um poema dedicado à sua morte, sempre sorrindo. Dei por mim a buscar, em cada verso que submeti a repetidas leituras para uma tentativa de interpretação integral do sentido último das palavras ditas, um remédio, uma operação de sucesso, uma solução.

 

Preciso desse sorriso lindo que as teias labirínticas da vida nunca foi capaz de apagar.

 

Confesso que, perante tanto sorriso, desconhecendo a possibilidade da sua repetição, passei dias de grande intranquilidade.

 

Amigos podem ser de internet, sim, já tentei escrevinhar algumas palavras sobre o tema.

 

Não se sabendo dizer nada nas situações de doença, limitámo-nos a combinar que ainda iríamos sorrir bastante, sendo eu de natureza sisuda, e quase ficou combinada uma deslocação ao Rio para esse efeito.

 

Passada a data da operação, sem nada saber, dei por mim a ouvir uma das músicas que acompanham os poemas, quase implorando por notícias.

 

De repente, surgiu mais um poema e senti tanta alegria que nem li. Apressei-me a responder pela alegria sentida, do sinal que representava a recepção de um escrito.

 

Não tenho tido resposta. Inquietação. Até porque previra pedir autorização para publicar aqui alguns dos seus poemas.

 

Espero poder ter a alegria, não só de publicar, como de saber que a autorização é dada pessoalmente.

Entretanto, fica uma palavra de grande respeito por uma poetisa - nas horas livres - que difiícil é viver de poesia.Pela amizade, voltarei ao tema. Em breve, espero.

 

Que lindo e belo este coração: o de Heloise Helena.

 

 

 

 

publicado por Manuel Luís às 17:01
sinto-me: Ansioso
música: Avé Maria

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