Hoje, limito-me a «tirar o meu chapéu» de Bem Hajam a todos quantos, pela via de voluntariado, cooperam para tornar menos sombria a vida dos sem-abrigo e outros tantos deserdados que, por pudor, não querem ou não ousam mostrar a cara.
Sejam de fonte religiosa ou laica, o papel de solidariedade e de comunhão é de uma nobreza e elevação, que só posso deixar minha homenagem.
Ao salientar que, mesmo que careçam de roupas, comida, o essencial é a companhia e a palavra amiga, não estamos perante a velha «caridadezinha» para ocultar o desprezo que a sociedade lhes dedica todo o ano.
Claro que atendo a quem alega que Natal deveria ser todos os dias... e devia.
Mas esta cooperação não é única e creio que o mais difícil é mesmo conseguir ter a palavra humana certa para ser aceite por quem da vida já nada espera.
Repito, sem mais palavras: Tiro o meu chapéu e homenageio estes cidadãos e cidadãs, quase anónimos, que espalham o bem, a solidariedade e a comunhão e partilha de momentos que retiram à família, para suprir um espaço vazio e não preenchido - o das vidas dos marginalizados.
Bem Hajam.